quarta-feira, abril 1

O FLATO DO 1º DE ABRIL

Uma ventosidade bem sonora perpassou a atmosfera quente e o ambiente “tertuliano” do Majestic.
Todos se entreolharam procurando saber o autor de semelhante façanha.
Alguém, no clímax duma refrega intestina, não se conteve e deu voz ao eterno combate entre a opressão e a sempre tão desejada liberdade.
A concentração odorífera localizava-se no meio do salão, em redor de uma mesa com personagens bem conhecidas do mundanismo de Palermo.
Depois daquele “suspense” em que todos, pelos seus semblantes quiseram dizer “eu não fui”, Carol, com aquele charme discreto que a caracteriza, disse:
- Minhas senhoras e meus senhores, o peido que “Giorgio” deu, não foi ele, fui eu!
Momentos antes, para despistar qualquer dedo acusador ou exclamação púdica de alguma virgem escandalizada por aquele protesto sonoro do “Norte contra o Sul, “Giorgio”, fumador inveterado, acendeu um cigarro “palermo light” extra-longo, levantou-se e com um olhar distante, perguntou:
-Vens ou ficas?
Após um momento interminável sem qualquer resposta, as ventoinhas do célebre café começaram a girar à potência máxima!

GRÃO VASCO


PS - Um episódio célebre, eternizado num filme do qual vos deixo um cartaz publicitário.