Cresce um tumor maligno no seu ventre
Que seduz o ingénuo e pobre crente
Que se irradia lentamente e o consome.
Enorme abcesso que espalha miséria e fome
O cancro, meu Futebol, entrava o teu crescimento,
Todas as suas acçoes sao de agravamento
Fruto das mentes que agem com destreza
Necessário, já, o combate à chico-esperteza.
Aumenta a fila dos serventuários
Pela falta de dinheiros para salários
Tira o pão e o leite de futebolistas
Desviando recursos para terceiro-mundistas.
Morbo sorrateiro de acções inescrupulosas
Superfacturando obras de somas vultosas
Que age na surdina, sem deixar evidências
E até nos círculos menores, há coincidências
A enfermidade cancerosa cresce desenvolta,
Incitando à maracutaia que anda solta
No submundo dos subornos e das propinas
É preciso um combate efectivo ás Carolinas
Às ações fraudulentas de efeitos pérfidos,
Com a prática incestuosa desde tempos idos
Com as máfias "dos vampiros", das "sanguessugas",
Que agem na Justiça dos pobres portugas.
Punir exemplarmente! Mandar para a prisão!
Não permitir estratégicas fugas ao ladrão!
É preciso, meu Portugal, novas trilhas,
Desbaratar as engravatadas quadrilhas
Destuir este monstro cheio de artimanhas,
Esse mal que voraz nos consome nas entranhas,
Que operam, sorrateiras, em cada Instituiçao
E que atende pelo nome de... Corrupção!
(adaptado)