segunda-feira, dezembro 21

Afinal, pisar merda dá sorte!

Segundo a crença popular, quando se pisa uma bosta é sinal de sorte, sinal de dinheiro.

Ora bem, no sábado, aceitando um convite manhoso, o Costa de Lisboa pisou uma bosta. Uma grande bosta sita numa das grandes avenidas da sua cidade.
Conscientemente, Costa teve sorte!

Às solas dos seus sapatos ficou peganhosamente agarrada matéria fecal corrupta, emanando uma fétida malina anti-Lisboa, anti-capital.
Imagino o Costa de Lisboa, pachorrento, após se ter atolado, já com as meias encharcadas, envolto num cheiro nauseabundo, a desejar um natal feliz e um próspero ano novo àquela corja incorrigível, e para mais a mais sabendo o que ia acontecer no dia seguinte, à noite, com tudo a cantar o “Jingle Bells”, o “SLB fdp´s” e o “O que queremos ver, é Lisboa a arder”, e com o outro Costa, o anfitrião, a marcar compasso, esgalhando mais umas fedorentas “brôas” natalícias.
Nem em Hollywood se faria melhor…

Hipocrisia e política passearam-se mais uma vez de mãos dadas, numa promíscua simbiose, temperada com uma pitada provinciana de esperteza saloia, numa festa natalícia onde o Pai Natal, para dar um ar ainda mais patêgo ao evento, se vestiu de azul debruado a branco carregado de envelopes, chocolatinhos e presentinhos.

Será que o Costa de Lisboa mudou de sapatos no domingo, para ir ver o “Red Eagle Race” à Luz?
Espero bem que assim tenha acontecido. Do mal, o menos.
A Luz não serve, nem nunca servirá de capacho a ninguém.

Mas uma coisa é certa – nem que mande lavar os sapatos que usou no sábado à noite, no maior caudal do Rio Tejo, nunca conseguirá apagar nem diluir a triste nódoa que marcou esses sapatos. Sapatos que tanto se calçam como edil, como se calçam como adepto.
Mas continuo a acreditar, depois de terem ficado conspurcados, que sensatamente os tenha descalçado e pelo menos tenha levado para a Luz, os de cerimónia.

Com que então uma proeza extraordinária, destacar uma agremiação com dois mil associados, que não é mais do que uma extensão de um clube condenado por corrupção, jocosamente gozado por Platini na Madeira?
E quantas associações ou comunidades haverá em Lisboa, tendo mais de dois mil sócios?
Quantas vezes é que o Costa de Lisboa se referiu a isso?
Quantas vezes, é que ele participou numa festa de natal de algumas dessas entidades?
E a função dessas agremiações? Não será bem mais importante do que uma casa que serve outros interesses, que não os da capital?
Qual é a importância de visitar uma agremiação com representantes que não têm feito outra coisa senão querer mudar a capital para o Porto?
Que são eles, mais do que as outras cidades capitais de distrito deste país?
Que são eles, mais do que Évora, Aveiro, Viseu e muitas outras?
O que é que eles têm feito pelas outras cidades? E pela região?
O Porto é uma cidade igual às outras. Só com uma diferença. Tem um bando de pseudoregionalistas com um declamador de pacotilha à cabeça, que descarada e ordinàriamente estimula há anos uma guerra contra Lisboa, para servir, sòmente, os interesses de um grémio que foi condenado por corrupção, que é a vergonha do país por essa Europa fora, mesmo em supermercados mencionados por Alex Ferguson e a quem o Platini em devido tempo e mesmo agora nas suas recentes declarações declarou sùbtilmente que era batoteiro.

Os lisboetas, os verdadeiros, não se esquecerão dessa noite decepcionante de sábado, do Costa de Lisboa, não obstante poder justificar-se, ter pisado uma bosta como representante do que quer que fosse.

Mas, por mais paradoxal que possa parecer, a pisadela na bosta, deu sorte. Assim, o finório do outro Costa, o anfitrião, que veio todo lampeiro do seu “buraco”, a voar num “abiãoue” de corrida, para alfinetar a capital, ainda pôde levar de volta um peru de dois papos para tentar digerir na ceia do seu famigerado gueto – um papo recheado no basquetebol para a véspera (consoada) e outro recheado no futebol para a ceia de natal, exactamente como neste fim-de-semana.
Se o fizer será congestão pela certa!

Ai, Costa, Costa!

GRÃO VASCO



PS. Por agora estou a saborear esta vitória do Benfica e dos Benfiquistas contra tudo e contra todos. Depois, nas Piruetas da Semana, será abordada a pouca vergonha e o achincalho de que o Nosso Glorioso Clube foi vítima, quer da imprensa, das rádios e tv’s.
Foi um fartar vilanagem como nunca vi.
Um futebol sério e lutador sodomizou esta gentalha toda. para toda a quadra natalícia.
Ainda bem!