segunda-feira, outubro 12

"Bom serviço cívico e clubite aguda

“Elisa, apronta as malinhas, marca a passagem e logo que possas, segue para Bruxelas. Vai e não voltes, pois saudade é coisa que cá não deixas!” – este foi o desejo de um cidadão portuense impoluto, expresso nestas duas frases lapidares, que não obstante a sua cor clubística azul, ecoou pela esmagadora maioria das freguesias da cidade, desde o Bonfim até à Foz.
Elisa Ferreira equivocou-se. A sua candidatura foi na realidade um equívoco. Desde princípio da campanha.
A sua candidatura confundiu um profundo sentimento portuense, genuìnamente tripeiro, com o portismo corrupto, batoteiro e submundano.
Confundiu gente honesta e trabalhadora com parasitas e gangs ribeirinhos dominantes.
Confundiu um cidadão sério com um cacique trauliteiro, obcecado por desígnios bacocos e provincianos.
Confundiu 47,48% de 131.649 votantes do seu concelho, com 6 milhões de Benfiquistas de todo o país, não obstante alguns milhares estarem inclusos na percentagem mencionada.
Confundiu atitudes elevadas, firmes e determinadas, com sinistros e rasteiros comportamentos de coacção e promiscuidade.
Equivocou-se dizendo que Rui Rio foi apoiado por 6 milhões de Benfiquistas. Ela, Elisa, é que não foi apoiada por dezenas de milhar de portuenses.
Misturou serviço cívico com a sua clubite cega e cúmplice.

Acima de tudo, na Muy Nobre Leal e Invicta Cidade do Porto prevaleceu o equilíbrio, a sensatez e a seriedade.
Venceu Rui Rio, naturalmente.

No belo edifício dos Paços do Concelho, o varandim abrir-se-á normalmente, e o ar, no seu interior, continuará saudável, limpo e livre da poluição dos parasitas infectos que através de uma estratégia patega e tacanha, quiseram e continuam a querer confundir e misturar o que é totalmente incompatível - trabalho, rigor e seriedade com clubismo, oportunismo, bandalheira e corrupção. Quiseram colar o grémio condenado, a uma candidatura e vice-versa. Tiveram o que mereciam. Os cidadãos não são estúpidos, pensam pela sua própria cabeça e diferenciaram bem o que engrandece a cidade e o que a envergonha. Mostraram como se separam as águas navegáveis do Douro, da imundície de um “ghetto” da cidade.
O destino de Elisa estava traçado quando o cenário revelou aquela promiscuidade. Venderam-lhe essa guerra e ela sentindo a sua clubite a palpitar, comprou-a, pensando obter dividendos dela. Foi a derrocada total.
Ao aceitar o apoio tácito de um cacique completamente descredibilizado – um declamador de pacotilha que deambula entre os escombros de um clube condenado por corrupção e os seus badalados escândalos passionais, sonhando dia e noite com o Glorioso – e de todas aquelas forças obscuras que gravitam em volta dele, retribuindo-lhe por sua vez, apoio declarado num diferendo bacoco, assinou, nesse momento, a sua própria derrota.
Só na sua comissão de honra lá estavam ”os do costume”. O presidente do clube condenado por corrupção tentada, Fernando Póvoas, Olímpio Bento, o “Bitaites”, os “músicos” do costume, – Tê, Abrunhosa, Burmester - mais alguns “intelectualóides” costumeiros nestas andanças e ainda Rosa Mota. Tudo do “bom” e do “melhor”. Não chegou, nem nunca chegará.
Ao ver este cenário o Povo foi implacável.
Após tanta tropelia, tanto jogo aéreo, tanta finta careca, tantas jogadas em “off side” de Elisa e do seu “staff” de estrategas , Rio, “de pantufas”, espetou-lhes uma goleada memorável e tècnicamente irrepreensível.
Os números são frios e cruéis.
Os cidadãos portuenses estão de parabéns e democràticamente, souberam dar uma resposta inequívoca a quem de uma forma manhosa e oportunista – socorrendo-se lamentàvelmente do seu anti-Benfiquismo primário e doentio – quis ganhar o município a qualquer custo.
A Invicta não se revê no clube de Elisa.
A Gente das Tripas não foi em “futebóis”!

GRÃO VASCO



Post Scriptum - a entrevista inclusa no site cujo endereço deixo em baixo, patenteia bem a forma como as coisas se fazem.


http://www.ionline.pt/conteudo/26667-elisa-ferreira-rui-rio-tem-o-apoio-6-milhoes-benfiquistas