segunda-feira, novembro 23

AS PIRUETAS DA SEMANA (VII)

Esta semana foi pródiga em acontecimentos. Uns ridículos, outros surpreendentes e outros ainda, incríveis.
Começo pelas surpresas que Nos desgostaram.

UM SÉRIO AVISO À NAVEGAÇÃO

O Benfica perdeu. A derrota equivaleu à eliminação de uma competição, onde jogadores e técnico ambicionavam, pelo menos, a presença na final.
Não obstante as habituais contrariedades com que o Benfica se debate na Luz contra os seus adversários – muita dureza e esquemas super defensivos, na maior parte das vezes com a complacência dos árbitros – neste último jogo a nossa equipa ficou muito aquém de outras exibições, tendo uma prestação confusa, sôfrega e atabalhoada.
O Benfica fez até à data uma exibição que terá necessàriamente de servir de padrão para todos os jogos a realizar, quer fora quer em casa, e que Jorge Jesus deverá ter sempre presente – a superior exibição em Liverpool, onde com classe, discernimento e inteligência ganhou a um adversário muito superior àquele que o eliminou agora da Taça de Portugal.
A equipa não pode estar “obrigada” a atacar sôfregamente, perdendo discernimento no meio-campo e muitas vezes descompensando a defesa. E não pode, de maneira alguma, ter jogadores que displicentemente, percam inúmeras vezes a bola na linha média adversária, como foi o caso do trio argentino.
Jorge Jesus tem noventa minutos, pelo menos em todos os jogos e nalguns, mais meia hora, para ganhá-los, sem descurar a defesa e a linha média, bem como exigir muito maior concentração a alguns jogadores. Sei que muitos deles são jovens, mas são bem pagos para jogar com os pés e…com a cabeça!
Esta equipa e estes jogadores e este treinador dão-Nos as garantias de uma boa equipa, com consistência, capacidade e margem de progressão grande e em que poderemos continuar a acreditar?
Claro que sim! Pelo seu empenho, seriedade e talento, poder-Nos-ão dar pelos menos duas grandes, grandes alegrias.
Mas não poderá ocorrer mais nenhuma escorregadela como esta, se quisermos garantir a vitória na Liga.
Esta é a conclusão única e a mais realista desta eliminação em que Jesus “desceu à terra” com mais alguns de Nós – alguns fanfarrões que já idolatravam JJ, bajulando-o ridìculamente, colocando esta equipa nos píncaros da Lua, e que o faziam mesmo, exuberantemente, em diversos blogues - e em que Todos ficámos tristes e frustrados.

É uma verdade incontornável, e mesmo justificando este desaire das mais diversas maneiras, até enumerando as oportunidades falhadas, só isso não chega para o que é exigível e expectável a uma equipa como a do Benfica!
TUDO PELO BENFICA!!!

UMA DUPLA VITÓRIA DA CORJA CORRUPTA

O caso estranho ocorreu em Oliveira de Azeméis.
Autênticamente um escândalo!
Após uma pressão inacreditável de todo o bando do grémio corrupto, que prevendo um desgaste adicional para o jogo internacional de quarta-feira, num relvado com muita areia, a marioneta do árbitro Bruno Paixão, evitando mais problemas pessoais com o dito grémio, que durante anos a fio o vergastou indecentemente, fez-lhes a vontade – alegando falta de condições do recinto, adiou còmodamente o jogo.
Já está! Limpinho. Como mandam os códigos de “Palermo”!
A própria federação, num comunicado pífio, agachando-se perante o poder do grémio condenado, teve o cuidado de não ferir qualquer susceptibilidade daquele incrível bando, elogiando inclusivé o triste treinador da corja. Uma lástima!
Não jogaram e viram a eliminação da Taça, do seu rival directo no seu próprio reduto. Barriga farta, barriga cheia, com festejos aos quais não faltarão as habituais alfinetadas dos submissos viscondes falidos e do coro do arcebispado.
Mas…
Há e haverá sempre um mas. Esperemos para ver. Há mais marés que marinheiros, e quem rir por último será o que rirá melhor!

A PROBLEMÁTICA DO CHULO

Por fim, um acontecimento ridículo.
Decorreu este fim-de-semana nas Caldas da Rainha o 1º Congresso Internacional de Arbitragem organizado pela inefável APAF.
Dir-Vos-ei, Caros Companheiros, que aquilo que me foi dado ver e ouvir foi, no mínimo medíocre e tão brejeirote, que ultrapassa todas as marcas. Mas foi bem ao nível dos convidados presentes. Pelo menos durante o dia de sábado.
O primeiro tema em debate foi moderado por essa sumidade mediática cujo nome é Hélder Conduto. Sem mais comentários.
O segundo tema teve como moderador Fernando Correia, esse dinossauro verde da CS, um velho sectário, subreptício e faccioso. Para abrilhantar o painel, estiveram presentes Vítor Pereira, Olegário Benquerença, Jorge Sousa e o líder do “jet set” dos viscondes falidos, JEB.
Que rico painel!
Mas o espectáculo, já por si degradante ao observarmos aquela cambada, atingiu o seu clímax, quando Olegário e JEB proporcionaram um diálogo que me lembrou conversas ordinárias de duas prostitutas de rua, o que já não é admiração nenhuma da parte destes dois melros. Desde o “mais pau, menos dedo” e do “puta que pariu o Benfica e o Chalana” do primeiro, numas jornadas sobre arbitragem em Leiria, ao segundo, dizendo recentemente que “não me sinto corno”, aquando da demissão do seu tranquilo treinador “forever”, poderíamos prever que a prestação neste “convívio” nas Caldas seria do mesmo teor. E assim aconteceu, só faltando a referência expressa à “loiça” artesanal, característica do local.
Chulo para cá, chulo para lá, o primeiro atingiu o cúmulo da brejeirice, dizendo que para ser chulo profissional, é preferível continuar como chulo amador, referindo-se à actual e futura situação dos árbitros. JEB, para não ficar atrás, embrenha-se na temática e refina a sua “reputada” e “eloquente” intervenção com mais uma série de considerandos à problemática do chulo e respectiva chulice, balbuciando que ainda não recebeu e que lhe estavam a acertar os pagamentos.
Cheguei por vezes a pensar que a notícia televisiva era mesmo uma reportagem feita no Intendente, com todos os matadores. Mas não. Era mesmo numa sala própria para congressos que mais parecia um velório, onde na reduzida e fraca assistência reinava tal modorra que Amândio Carvalho da FPF dormia profundamente…
Enfim, mais um evento “made” APAF, em que apitadeiros, submissos e andrades botaram as tristes figuras do costume com a sala a variar de uma luminescência verde até à azulada, inclusivé nos próprios bastidores.
A promiscuidade continua e à descarada. E Nós a vê-la passar!

GRÃO VASCO