quinta-feira, julho 16

Um espécime único

Caros Companheiros,

Coloco aqui esta notícia para memória futura.
Este exemplar único que prestou “serviços” ímpares à corja, têm tido discípulos fervorosos que ainda estão e estarão em actividade.


De notar que o dito cujo se apresenta na foto abaixo sem o adereço piloso que usava à data que soprava no apito - o bigode.
Quanto aos discípulos estarão sempre activos. Esta época que se avizinha não fugirá à regra. Eles lá estarão com o objectivo principal – fazer com que o Benfica nunca ganhe!
No entanto, hão-de reparar que em todas estas histórias e trapalhadas, desde a irradiação de Francisco Silva, por corrupção, num caso em que nunca se identificou o corruptor, o que é inédito, mas bem patente do que as gentes de “Palermo” são capazes de maquiavèlicamente arquitectar…está sempre presente uma sinistra personagem.
Deixo à vossa consideração adivinharem quem ela é, e que tem atravessado todas as épocas e quase todos os casos em que a mísera arbitragem chafurda, incólume e impune.


Eis a notícia:

Antigo árbitro Martins dos Santos pode ver a pena suspensa transformar-se em pena efectiva

15 Julho 2009 - 00h30
‘Apito': Relação de Guimarães muda decisão de Vila Verde e aplica penas suspensas
Martins dos Santos apanha dois anos

Volte-face. O Tribunal da Relação de Guimarães condenou o antigo árbitro Martins dos Santos a dois anos de cadeia, em pena suspensa, mas que, face a uma punição similar (20 meses) de que o ex-juiz foi alvo em Gondomar, pode ser revertida em prisão efectiva. Para além de Martins dos Santos, também foram condenados o filho Daniel Santos (um ano), o antigo árbitro Belarmino Aleixo e o dirigente do Vilaverdense, David Rodrigues, estes também com dois anos em pena suspensa.
O Tribunal de Vila Verde não havia encontrado razões para condenar os arguidos neste caso do ‘Apito Dourado’ e decidiu-se, em Março último, pela absolvição dos quatro acusados. A juíza justificou-se então com as dúvidas que lhe suscitaram os indícios recolhidos.
O processo refere-se ao jogo Vilaverdense-Maria da Fonte, da 3ª Divisão nacional, referente à época 2003/04. De acordo com a acusação do Ministério Público, Martins dos Santos terá recebido um telefonema na véspera do encontro, disputado a 9 de Abril de 2004. Do outro lado da linha, David Rodrigues prometeu prendas para Martins e para o filho Daniel, árbitro da partida em questão.
No balneário, foi então deixada uma meia libra de ouro, de valor aproximado de 50 euros, entendido pelo Ministério Público como uma moeda de troca pelo favorecimento do Vilaverdense, que acabou mesmo por vencer (1-0) o encontro e subir de escalão.
PORMENORES



MARÍTIMO-NACIONAL
A outra condenação de Martins dos Santos, 20 meses de prisão em pena suspensa, resultou do Tribunal de Gondomar, no caso relativo ao Marítimo-Nacional, de 2003/04.


CORRUPÇÃO ACTIVA
Se no caso Marítimo-Nacional Martins dos Santos foi julgado por corrupção passiva, já no de Vila Verde o antigo árbitro foi punido pelo mesmo crime, mas na forma activa.


PRENDA NÃO AGRADOU
A meia libra não terá agradado ao filho de Martins dos Santos, Daniel Santos, que foi o árbitro do Vilaverdense-Maria da Fonte (1-0), da 3.ª Divisão. De acordo com o MP, Daniel estaria à espera de um relógio.
Tânia Laranjo/Sérgio Pereira Cardoso


(in Correio da Manhã, online)






Ecos noticiosos anteriores, recolhidos na net relacionados com a notícia:

O ex-árbitro Martins dos Santos, do Porto, admitiu ao telefone ter ficado contente com a vitória do FC Porto no jogo dos quartos--de-final da Taça de Portugal da época 2003/2004, frente ao Rio Ave, arbitrado pelo próprio. No dia seguinte do jogo (que decorreu a 11 de Fevereiro de 2004), a Polícia Judiciária interceptou uma conversa entre Martins dos Santos e Carlos Carvalho, membro do Conselho de Arbitragem da Associação de Futebol do Porto (AFP), na qual o antigo árbitro disse: "O que eu queria era que me corresse bem o jogo, (...) que me corresse bem e que ganhasse quem ganhou." Este caso consta de uma certidão enviada pelo Ministério Público de Gondomar para a comarca de Vila do Conde, na qual "propõe" uma acusação de corrupção desportiva activa para Adriano Pinto, presidente da AFP, e corrupção desportiva passiva para o ex-árbitro.

Uns dias antes do jogo, que o FC Porto venceu por 2-1, foi interceptada uma conversa entre Adriano Pinto e Martins dos Santos. O presidente da Associação do Porto fez votos para que "o Martins seja sempre o melhor em campo". Esta afirmação foi entendida pelo MP de Gondomar como uma forma "encapotada" de o dirigente Adriano Pinto solicitar a Martins dos Santos que benefeciasse o FC Porto. O que poderá confirmar-se pela resposta do ex--árbitro. "Diga aos nossos amigos que... o senhor, para mim, é como um pai, e como tal, eu... não me esqueço! (...) Vou ser eu mesmo", garantia.

No final do jogo, Martins dos Santos foi jantar com Lourenço Pinto, advogado do Porto com uma forte ligação ao FC Porto. A meio do jantar, e segundo o Ministério Público, porque sabia que os dois estavam juntos a jantar, o presidente portista Pinto da Costa, falando sobre Martins do Santos, "soltou" uma piada a Lourenço Pinto: "Esse senhor, hoje, devia ter marcado quatro penalties a nosso favor."

De acordo com a certidão, Martins dos Santos foi o árbitro convidado para o jogo inaugural do Estádio do Dragão como forma de pagamento de "anteriores benefícios" ao FC Porto. O clube terá pensado em convidar outro árbitro, mas o presidente da AFP, Adriano Pinto, tranquilizou Martins dos Santos, garantido-lhe a presença no desafio com o Barcelona, a 16 de Novembro de 2003.

"A certa altura, eu zanguei-me, porque não queriam que... deixar o senhor inaugurar o campo (...) e foi de lá de dentro que escolheram outro, e eu tive de dar um murro na mesa para... para voltar a ser... você. (...) Eu sou contra a ingratidão, você sabe bem disso...", referiu Adriano Pinto a Martins dos Santos

GRÃO VASCO