À porta do tribunal,
As cuecas do juiz
Embrulhadas num jornal!
Só um pequeno aparte.
- Seria no jornal “O Nojo”?
Esta semana, bem como a anterior, têm sido pródigas em episódios insólitos que me fizeram relembrar tempos da minha juventude.
Em grupos de amigos e companheiros, e em dias de festas, de simples lazer ou excursões, era frequente trautearem-se umas cantilenas, compostas por simples quadras que continham vulgares historietas, muitas delas passadas e recontadas ao longo de anos e anos, pelos mais velhos aos mais novos, e que se repetiam inúmeras vezes, em desgarradas, ao desafio.
Uma dessas quadras era exactamente aquela cujo primeiro verso serve de título a este pequeno “post”. Hoje, onde às vezes a realidade se confunde com a ficção, em função dos episódios ocorridos, a quadra inicial teria de ter as respectivas alterações. E assim,
Se tu visses o que eu vi…
À porta do tribunal,
A dignidade dum juiz
A chafurdar num lamaçal!
As cuecas do juiz
Embrulhadas num jornal!
Só um pequeno aparte.
- Seria no jornal “O Nojo”?
Esta semana, bem como a anterior, têm sido pródigas em episódios insólitos que me fizeram relembrar tempos da minha juventude.
Em grupos de amigos e companheiros, e em dias de festas, de simples lazer ou excursões, era frequente trautearem-se umas cantilenas, compostas por simples quadras que continham vulgares historietas, muitas delas passadas e recontadas ao longo de anos e anos, pelos mais velhos aos mais novos, e que se repetiam inúmeras vezes, em desgarradas, ao desafio.
Uma dessas quadras era exactamente aquela cujo primeiro verso serve de título a este pequeno “post”. Hoje, onde às vezes a realidade se confunde com a ficção, em função dos episódios ocorridos, a quadra inicial teria de ter as respectivas alterações. E assim,
Se tu visses o que eu vi…
À porta do tribunal,
A dignidade dum juiz
A chafurdar num lamaçal!
E, continuando…
Com o desplante dum impune,
Dizia o “andrade louco”,
Que de luvas pr’ós do apito,
Quinhentas “mocas” era pouco!
Na dialéctica tão palavroso,
Não precisava d’ir a tanto,
Quando afirmou alto e bom som
Que “Dom Giorgio” era um “santo”!
As mentiras mais que muitas,
Eram ditas com tal ronha,
Qu’até o “andrade corrupto”
Corou de tanta vergonha!
No entanto, a historieta começou de outra maneira, mas nem por isso deixou de ter o respectivo mediatismo. Assim, para memória futura…
Se tu visses o que eu vi,
No palácio da justiça,
Arrufos de uma mulher,
Por causa d’assuntos de p***…!
Gritava qu’estava grávida,
Mas sem barriga, nem bojuda,
Berrava como uma doida
Qu’era uma mulher cornuda!
Azulada e furibunda,
Não parou de ameaçar,
C’os agentes da polícia,
A ver a “banda passar”!
A outra, muito assustada,
E sem sombra de desejo,
Virou costas, coagida,
Logo voltou pró Alentejo!
Sabidas d’outras andanças
Em antros de louco deboche,
Para quê aquela cena?
Foi mais b**che, menos b**che!
Contas antigas, pecados velhos,
“Colegas” na noite da moda,
P’ra quê tanta ciumeira?
Só foi mais f*d*, menos f*d*!
Das “surras” ao envelope,
Num filme de meter medo,
Tinha que estar aquele grémio,
Da Fruta, Corrupção & Putedo!
Assim continua “Palermo” na bagunça do costume, o espelho de uma sociedade incorrigível. Por isso, com esta me despeço,
É a bandalheira habitual,
Que do trafulha ao estafermo,
Passa p’lo “gilette” do fascismo,
Até ao “capo” de “Palermo”!
(e…continua!)
GRÃO VASCO