Infelizmente já todos sabemos que em Portugal a comunicação (anti) social é perita em mandar bitaites sem se lembrarem que um dos princípios do jornalismo é ouvir as duas partes de um acontecimento noticiado.
Não estou aqui para branquear situações, esse método muito utilizado por mafiosos, só lamento a extraordinária mediatização dada ao caso do adepto esfaqueado em Guimarães como se tivesse sido um comum cidadão que ao passear na rua tivesse sido assaltado por um bando de malfeitores. E que tal, sres. jornalistas darem-nos também a versão contrária ou em que circunstâncias tudo se passou, entrevistando testemunhas de ambas as partes recreando o cenário de como tudo se passou, efectivamente?
Admirável foi a forma lesta como as autoridades conseguiram identificar e prender o autor da facada. Assim o tivessem feito num dia fatídico do ano passado, na Luz, quando uma manada de animais desceu à cidade grande com a intenção única não de assistir a um jogo de futebol (isso é para as pessoas civilizadas), mas sim para agredir e destruir tudo à volta. Ainda hoje estamos à espera de uma justiça que temo nunca aparecerá.
Voltando a Guimarães, é do conhecimento público, porque eles nem se preocupam em esconder, que não só as claques, mas todos os adeptos do Vitória ( desculpem, mas aqui não há excepções) são do mais bairrista e violentos que existe. Em nome do "amor" que sentem pelo seu clube, conseguem perpretar verdadeiras atrocidades sobre quem lhes cheire a outra cor clubística. Quase que me atrevo até a dizer que ao pés deles o xupadragays são uns meninos de coiro.
Há inúmeros casos que ilustram estes comportamentos, mas como estamos a falar no caso concreto do último jogo em Guimarães, apresento-vos a prova de que de anjos, nem sequer as asas se lhes aproveitam.
Pergunta ingénua: será que as autoridades abriram algum processo de investigação para descobrir o(s) autor(es) destes actos violentos?