Caríssimos Combloggers,
A propósito de jornaleiros e de mercados e de especulações, li há uns dias a opinião dos directores dos 3 pasquins merdosamente desportivos da nossa praça em relação a isso mesmo: O mercado sob a estratégia do interesse ou será que é o interesse sob a estratégia do mercado?
Ok, sabemos que são avençados, logo é mesmo a estratégia sob o mercado do interesse. Como diria o Camacho: Punto!
Estes depoimentos foram colhidos pelo provedor, que é mais "provador" do DN em relação a uma reclamação de um leitor, cuja peça podem ler toda clicando no link do título.
Assim, Vitor Serpa Director de ABolha diz:
"Acontece que, por razões relacionadas com a estratégia dos clubes e, portanto, com a segmentação do mercado, existem contactos preferenciais e isso torna-se visível com alguma consonância entre clubes e jornais. (...)De qualquer forma, não é correcto conotar A Bola com o Benfica. (...)Ou seja, tem havido vários ciclos em que, por exemplo, já tivemos óptimas relações com o Porto. No caso deste clube, há uma proximidade estratégica relativamente a O Jogo, menos propiciada pelo jornal do que pelo regionalismo em que o clube também aposta. No que se refere ao Benfica, e embora sejamos cada vez mais um jornal nacional, temos presente o factor mercado: uma vitória do Benfica num jogo importante pode aumentar as vendas em 40% ou mesmo mais (ou seja, meus caros...eles sabem que chupam!). Quanto à imprensa generalista, identifico apenas alguma proximidade do Público face ao Porto, talvez pelo facto de boa parte da equipa jornalística estar sediada a norte. Tudo ponderado, estamos, mesmo assim, muito distantes, para melhor, do sectarismo que existe em Espanha."
Já Alexandre Pais, do Rebosta diz:
"A informação dos jornais desportivos é tão distanciada e independente quanto distanciados e independentes forem os jornalistas que a fazem (por isso há peças encomendadas às prostitutas jornalísticas certas!). Há quem consiga manter-se equidistante (são os que fazem a contabilidade) e há outros que, para conservarem fontes, estabelecem cumplicidades perigosas. O jornalismo desportivo vive muito das notícias do mercado de transferências (e os desmentidos do Benfica deixa-vos nervosos, certo?) e aí é importante que o que chega às direcções seja informação credível e bem protegida, o que depende dos jornalistas (que dão o cú) que estão no terreno. Não é justo dizer-se que o Record é mais próximo do Sporting. Acontece que A Bola teve o seu período de ouro em coincidência com o período de ouro do Benfica e faz um esforço regular, por razões de mercado que se percebem, para falar mais para os dois grandes clubes de Lisboa, em particular o Benfica; O Jogo faz o mesmo relativamente ao Porto; por isso, os adeptos do Sporting foram naturalmente empurrados para o Record(coitadinhos....então é próximo ou não???)um jornal menos comprometido com o Benfica (mas que gosta de o comprometer) ou o Porto.(se bem que....é preciso manter as fontes......esquecestes o que disseste anteriormente ó Pais?) .Quanto à imprensa generalista, parece-me difícil identificar alinhamentos com clubes."
Já o Director d'ONOJO, atira:
"A imprensa desportiva é isenta e independente num grau semelhante ao que acontece com a imprensa económica ou a política (LOLLLLOLLLOL). Para dar um exemplo, no caso do "Apito Dourado", O Jogo baseou-se na informação transmitida pela Lusa, fundamentalmente porque não dispõe de recursos humanos com grau de especialização que permitissem aprofundar a investigação própria nessa área (mas no caso Mantorras era possível esta equipa ter experts em direito desportivo.....cagranda besta!). Concentramos os nosso meios sobretudo na cobertura do espectáculo e do noticiário desportivo tout court. Há alguns anos, era evidente um alinhamento de A Bola com o Benfica, d'O Jogo com o Porto e mesmo do Record com o Sporting. Hoje, a concorrência obriga-nos a ser mais isentos e distanciados, com a excepção de A Bola, que acompanha a lei do mercado (Claro!).Na imprensa generalista, em matéria desportiva, não me parece haver alinhamentos evidentes. Há, no entanto, algum "facilitismo" na análise, derivado da ausência de especialistas na área, o que encaminha muitas vezes esses jornais para as chamadas "opiniões dominantes". (Ora viste como chegaste lá?)
E agora meus caros? E agora Xôr Vieira?
Corremo-los nós da nossa casa ditando nós a LEI DO MERCADO ou deixamos esta merda continuar a afundar-nos com as tais "opiniões dominantes"?
P.S.- Ó gente boa, não insultem os Jornalistas que já são raros. E já agora não confundam Jornalistas com jornaleiros...