Quando nesta última sexta-feira, uma notícia sobre a “morte” de um adepto do Benfica que tinha sido espancado em Braga no domingo anterior, percorreu a net e o rodapé de pelo menos uma estação noticiosa de tv, fiquei chocado.
Aqui, n’O Antitripa, recebemos a notícia cedo, através de um comentário assinado por alguém com o nick name “Benfiquista de Braga”. Sobre isto e com as reservas de quem “já viu muita coisa na vida”, tive o cuidado de lhe responder com um comentário, fazendo-lhe uma solicitação óbvia. Assim, o teor do mesmo foi o seguinte:
- “Benfiquista de Braga,
Põe aqui o nome do rapaz, a data, a hora e o local da ocorrência e a confirmação pelas autoridades ou testemunhas de que efectivamente essa situação aconteceu!”.
Sábado, pela manhã, constatei não só na net como num diário generalista, através de diversas notícias, que felizmente, a tragédia divulgada por alguns orgãos de informação e que tinha sido também referenciada em comentários aqui no blogue, não tinha ocorrido. As notícias recentes, fiáveis, constituíam desmentidos inequívocos e uma outra ainda forneceu dados concretos como o nome do rapaz, a idade e detalhes pormenorizados sobre a sequência do ocorrido, salientando o seu bom estado de saúde.
Certo é que a primeira informação, vaga, pouco fundamentada e não devidamente confirmada, constituiu um erro crasso que poderia ter tido consequências imprevisíveis.
No entanto, nessa sexta-feira à noite, ao reunir-me com os meus catraios ao jantar, olhei-os bem, remirei-os e senti um arrepio de medo. Tínhamos comemorado no domingo, a pé e na praça da nossa cidade, o título do nosso Benfica. A noção de festa e de júbilo clubístico que tiveram, na minha companhia e na de alguns seus amigos, relacionaram-na com a paz, a sã convivência e a diversão.
Por isso, estava incomodado com a dita notícia, sujeita òbviamente a confirmação. Transmiti-a a eles e restante família, que sabendo do que se tinha passado durante as semanas anteriores e no próprio domingo das comemorações e festejos do título, ficaram sèriamente preocupados e num ou noutro caso, indignados, pois a vítima, para além de ter sido espancada, poderia ter morrido.
Ainda perturbado com o sucedido, durante o meu sono da madrugada, fui acometido de um pesadelo terrível. Um pesadelo em que o verosímil, indiferenciadamente se mesclou com o inverosímil.
Vivendo a dúvida da ocorrência de uma triste “morte” anunciada, mas não confirmada, tive uma visão aterradora do que seriam alguns cenários dos dias seguintes.
A quem estaria reservado esse cenário? Quais os protagonistas?
Assim, na hipocrisia das lamentações, nos pêsames de circunstância, nas condenações por conveniência, lá estavam, pesarosos pela “nefasta ocorrência”, os Guilhermes Aguiares, os Dias Ferreiras, os Pôncios Monteiros, os Eduardos Barrosos, os Ruis Moreiras, os Oliveiras e Costas, os Mesquitas Machados, os Domingos Paciências, os Carlos Freitas, os Sousas Tavares, os Olímpios Bentos e quejandos. Todos, mas mesmo todos, com o adequado sentido de oportunidade às circunstâncias do momento, de gravata preta, com cara de enterro, rezando, em tom de voz de falsete, as habituais ladaínhas condenatórias, espelhos fiéis deste triste país.
Outros, como o abominável e impune “Rei de Palermo & das bufas” e sua abjecta quadrilha, rejubilavam pela façanha e pelo derrube de mais um “inimigo”, abrindo mais uma garrafa de champanhe.
Outros ainda, contavam espingardas, bolas de golfe, isqueiros, telemóveis, rebuçados e calhaus, para uma qualquer batalha campal, esperando sòmente o sinal de ataque proveniente do quartel-general da Pocilga.
Neste momento acordei e voltei à realidade. No entanto, essa realidade não diferiu em nada do que potencialmente poderia ter acontecido.
Durante uma época, nas rádios, nos jornais e nas televisões, os incendiários do costume trataram de fazer o seu sinistro papel, grave e conscientemente. Conseguiram que a turba acéfala, constituída por marginais, vândalos e criminosos, já conhecida pelo seu vergonhoso histórico de contínuos desacatos e mesmo crimes – até relatados em livros publicados – nunca investigados, gerasse um ódio profundo ao Benfica. Incapazes de combater com lealdade, adoptaram sempre uma estratégia miserável de acicate, através de discursos a raiar a demência, onde de uma forma encoberta, apelaram à révanche e ao confronto, acendendo o rastilho da violência.
Esta corja ordinária pactuou com o ilícito, com transgressões, com a alteração da ordem pública, com a coacção, com o terror, com o ódio.
Os crimes cometidos têm de ser denunciados e os responsáveis materiais punidos. Mas também não pode haver contemplações para os autores morais destas tragédias anunciadas.
Nada justifica a escalada de violência, ódio e terror que tomou conta das cidades do Porto, de Braga e de mais umas quantas localidades no litoral norte do país, duas semanas antes de o Benfica se consagrar como um justo campeão nacional de futebol e que se prolongou até ao princípio desta última.
Não vi, até à data, ninguém do grémio condenado por corrupção e do clube bracarense, tomar qualquer posição contra esta onda de criminalidade e violência que varreu uma parte do norte do país, destruindo, vandalizando, molestando, assaltando tudo o que fosse afecto ao Glorioso, tentando impedir que o Glorioso vencesse e os Benfiquistas fizessem a sua festa e se manifestassem livremente.
Antes pelo contrário, continuaram a destilar azia e insolência por todos os poros, lançando culpas a outros pelos seus descalabros.
Pactuando com um submundo criminoso e promíscuo, esta gentalha sem escrúpulos joga sobre si própria o anátema dos proscritos.
Descobrir e identificar o autor ou autores desses actos bárbaros e responsabilizar duramente os seus instigadores mediáticos é imperioso e mandatório.
O Povo, qualquer que seja a sua cor, jamais lhes perdoará!
Mas, mal por mal, ainda bem que a história de uma tragédia irreparável não aconteceu.
No entanto é bom que fique registado para memória futura o seguinte:
Por cada Águia que tombe, outras mil se levantarão, voando livres nos céus justos e gloriosos!
Limpinho!
Aqui, n’O Antitripa, recebemos a notícia cedo, através de um comentário assinado por alguém com o nick name “Benfiquista de Braga”. Sobre isto e com as reservas de quem “já viu muita coisa na vida”, tive o cuidado de lhe responder com um comentário, fazendo-lhe uma solicitação óbvia. Assim, o teor do mesmo foi o seguinte:
- “Benfiquista de Braga,
Põe aqui o nome do rapaz, a data, a hora e o local da ocorrência e a confirmação pelas autoridades ou testemunhas de que efectivamente essa situação aconteceu!”.
Sábado, pela manhã, constatei não só na net como num diário generalista, através de diversas notícias, que felizmente, a tragédia divulgada por alguns orgãos de informação e que tinha sido também referenciada em comentários aqui no blogue, não tinha ocorrido. As notícias recentes, fiáveis, constituíam desmentidos inequívocos e uma outra ainda forneceu dados concretos como o nome do rapaz, a idade e detalhes pormenorizados sobre a sequência do ocorrido, salientando o seu bom estado de saúde.
Certo é que a primeira informação, vaga, pouco fundamentada e não devidamente confirmada, constituiu um erro crasso que poderia ter tido consequências imprevisíveis.
No entanto, nessa sexta-feira à noite, ao reunir-me com os meus catraios ao jantar, olhei-os bem, remirei-os e senti um arrepio de medo. Tínhamos comemorado no domingo, a pé e na praça da nossa cidade, o título do nosso Benfica. A noção de festa e de júbilo clubístico que tiveram, na minha companhia e na de alguns seus amigos, relacionaram-na com a paz, a sã convivência e a diversão.
Por isso, estava incomodado com a dita notícia, sujeita òbviamente a confirmação. Transmiti-a a eles e restante família, que sabendo do que se tinha passado durante as semanas anteriores e no próprio domingo das comemorações e festejos do título, ficaram sèriamente preocupados e num ou noutro caso, indignados, pois a vítima, para além de ter sido espancada, poderia ter morrido.
Ainda perturbado com o sucedido, durante o meu sono da madrugada, fui acometido de um pesadelo terrível. Um pesadelo em que o verosímil, indiferenciadamente se mesclou com o inverosímil.
Vivendo a dúvida da ocorrência de uma triste “morte” anunciada, mas não confirmada, tive uma visão aterradora do que seriam alguns cenários dos dias seguintes.
A quem estaria reservado esse cenário? Quais os protagonistas?
Assim, na hipocrisia das lamentações, nos pêsames de circunstância, nas condenações por conveniência, lá estavam, pesarosos pela “nefasta ocorrência”, os Guilhermes Aguiares, os Dias Ferreiras, os Pôncios Monteiros, os Eduardos Barrosos, os Ruis Moreiras, os Oliveiras e Costas, os Mesquitas Machados, os Domingos Paciências, os Carlos Freitas, os Sousas Tavares, os Olímpios Bentos e quejandos. Todos, mas mesmo todos, com o adequado sentido de oportunidade às circunstâncias do momento, de gravata preta, com cara de enterro, rezando, em tom de voz de falsete, as habituais ladaínhas condenatórias, espelhos fiéis deste triste país.
Outros, como o abominável e impune “Rei de Palermo & das bufas” e sua abjecta quadrilha, rejubilavam pela façanha e pelo derrube de mais um “inimigo”, abrindo mais uma garrafa de champanhe.
Outros ainda, contavam espingardas, bolas de golfe, isqueiros, telemóveis, rebuçados e calhaus, para uma qualquer batalha campal, esperando sòmente o sinal de ataque proveniente do quartel-general da Pocilga.
Neste momento acordei e voltei à realidade. No entanto, essa realidade não diferiu em nada do que potencialmente poderia ter acontecido.
Durante uma época, nas rádios, nos jornais e nas televisões, os incendiários do costume trataram de fazer o seu sinistro papel, grave e conscientemente. Conseguiram que a turba acéfala, constituída por marginais, vândalos e criminosos, já conhecida pelo seu vergonhoso histórico de contínuos desacatos e mesmo crimes – até relatados em livros publicados – nunca investigados, gerasse um ódio profundo ao Benfica. Incapazes de combater com lealdade, adoptaram sempre uma estratégia miserável de acicate, através de discursos a raiar a demência, onde de uma forma encoberta, apelaram à révanche e ao confronto, acendendo o rastilho da violência.
Esta corja ordinária pactuou com o ilícito, com transgressões, com a alteração da ordem pública, com a coacção, com o terror, com o ódio.
Os crimes cometidos têm de ser denunciados e os responsáveis materiais punidos. Mas também não pode haver contemplações para os autores morais destas tragédias anunciadas.
Nada justifica a escalada de violência, ódio e terror que tomou conta das cidades do Porto, de Braga e de mais umas quantas localidades no litoral norte do país, duas semanas antes de o Benfica se consagrar como um justo campeão nacional de futebol e que se prolongou até ao princípio desta última.
Não vi, até à data, ninguém do grémio condenado por corrupção e do clube bracarense, tomar qualquer posição contra esta onda de criminalidade e violência que varreu uma parte do norte do país, destruindo, vandalizando, molestando, assaltando tudo o que fosse afecto ao Glorioso, tentando impedir que o Glorioso vencesse e os Benfiquistas fizessem a sua festa e se manifestassem livremente.
Antes pelo contrário, continuaram a destilar azia e insolência por todos os poros, lançando culpas a outros pelos seus descalabros.
Pactuando com um submundo criminoso e promíscuo, esta gentalha sem escrúpulos joga sobre si própria o anátema dos proscritos.
Descobrir e identificar o autor ou autores desses actos bárbaros e responsabilizar duramente os seus instigadores mediáticos é imperioso e mandatório.
O Povo, qualquer que seja a sua cor, jamais lhes perdoará!
Mas, mal por mal, ainda bem que a história de uma tragédia irreparável não aconteceu.
No entanto é bom que fique registado para memória futura o seguinte:
Por cada Águia que tombe, outras mil se levantarão, voando livres nos céus justos e gloriosos!
Limpinho!
GRÃO VASCO