segunda-feira, junho 7

As "águias d'ouro" e os "pepinos".

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Os portistas, quando querem apanhar um banho de civilização, vêm à capital do Império, àquela que foi já Raínha de meio mundo. Qual é ela? Qual é ? A grande Lisboa, claro, a cidade mais luminosa e mais bela da Europa, onde, em cada esquina, nas praças e jardins, nas calçadas venerandas e gastas pelo calcorrear dos séculos sempre agitados - das Alfamas, das Estrelas, Alcântaras, de Benfica, de Cascais, etc, etc - , todo esse passado nos conta uma história diferente. Lisboa não é uma cidade. É um museu vivo e latejante de vida e de côr. Nos inícios, multifacetada e interpretada por nações, raças e credos muitos. No século passado, aprisionada e envolta na penumbra do 'presidente do conselho'. Nos dias de hoje, Lisboa voltou pois a ser, como no tempo de Fernão Lopes (por exemplo), uma cidade de desvairadas gentes, de todas as proveniências, onde se ouvem idiomas de toda a parte do mundo. Cosmopolita, sem mordaças.
O Porto só tem de se sentir orgulhoso de ter como a sua capital esta Senhora, brilhante, farta e sempre jovem.

O pinto das escutas não julga assim e é uma das excepções. 'tem os genes da raça das gentes do Porto', dizem os seus avençados. Piada fraquinha, quando muito. Erram propositadamente e com intuito propagandista, para que assim possam manipular as mentes mais incautas. O fulano não é digno de tão briosa gente, da riqueza político-cultural dos Teófilo Braga, António Girão, Antero de Quental ou Júlio Dinis, da gente que prefere o respeito e a família como princípios de vida, as artes como inspiração, o trabalho como meio de subsistência. Ele é pobre e não honrado, até vende a mãe no bulhão se tiver oportunidade, ostraciza o próprio sangue e é um entusiasta dos 'botequins do Pepino'. São ensinamentos de corrupção e má vida que faz questão de transmitir para filhos que nas muitas vezes nem são dele. Conspurca o próprio clube e já manchou a sua dignidade por muito tempo ao dar uma péssima imagem do significado dos conceitos de 'desporto' e de 'colectividade desportiva', a quem o pratica e a quem o segue. Corrompe vários sectores da sociedade portuguesa manifestando sempre um desejo divisionista assente num ódio visceral para com Lisboa, o Sul, enfim, o país e até quem quer que se lhe oponha. É uma verdadeira lástima para as gentes da Invicta, pois se a escumalha liderada pelo pinto das escutas tiver sucesso, ela será igualmente invicta de valores como nunca foi.

Infelizmente, o país tem levado com este cancro pepineiro.

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