terça-feira, outubro 17

Ridicularias

No estertor do orgasmo suíno, começam a ouvir-se as vozes deliciadas dos que acham que a época começou e acabou ontem há noite. Na TV oficial de alguns generosamente financiada por todos nós, o vosso amigo Marquês pôde ouvir a seguinte pérola (ou equivalente): "Estamos de volta ao Porto de 2002".

Sócrates expulsa os desocupados das urgências dos hospitais e envia-os para a RTP. A questão é: será que cabem lá todos, e mesmo que caibam, haverá redução na despesa?

Já temos portanto um grupúsculo de gente geneticamente humilhada (também acontece a lagartos), duplamente humilhada por recentes petrzalkices, a imaginar no pobre Ai-Jesualdo o seu novo Mouro salvador.

Deixando de parte as ridicularias do grupúsculo mencionado, e olhando friamente para as situações do Clube e grémio da putalhada na Liga dos Campeões, facilmente chegamos à conclusão de que o destino de ambos será o mesmo, isto independentemente dos foguetes momentâneos ou prenuncios de desgraça que muitos preparam febrilmente nas redacções deste País.

O Clube tem os seus dois jogos mais fáceis já a seguir e o seu jogo mais difícil no terreno de um mais que apurado. A vara vai grunhir para casa dos despeitados alemães, onde os árbitros não anularão golos perfeitamente legais, depois visita os colossos do CSKA (melhor equipa dos últimos 100 anos) e finalmente recebe em casa o Braga, perdão, o Arsenal. Se isto não acalmar os ânimos dos mais exaltados, talvez não seja má ideia mandá-los de volta para as Urgências.

Entretanto, cá pela Betadine, a turminha do Aldo arrisca-se francamente a passar ao lado de pontos no Urinol, e contra o Benfica numa casa onde tradicionalmente não lhe ganha: a sua.

Ó Diabo! Virá aí uma depressãozinha pós-coito?

Cumprimentos respeitosos do Marquês.