sábado, maio 21

Sabor agridoce...

Ontem ao ver a final da taça da liga, passei da euforia à depressão com o que foi acontecendo.
Estaca a adorar o jogo, que estava difícil, com o Marítimo a jogar como nunca jogou, e o SLB a acusar algum desgaste, quer pela época longa que foi, quer pela semana carregada de (justificados) festejos.
Mas a alma via-se claramente que estava lá. Assim como a união da equipa, que leva os jogadores a sacrificarem-se dentro de campo para compensar os colegas. Cansados sim, mas mais uma vez estávamos a jogar até à última gota de suor. E com aquela qualidade imensa, individual e colectiva, o desfecho só podia ser este:


Mas nesta altura já eu estava sem alegria... perdi o gozo que o joga me estava a dar a partir deste momento (imagem daqui):


E daqui:


Não me consigo habituar a esta filosofia de ficarmos sem os melhores jogadores todos os anos... ainda ontem foi o último jogo oficial da época que nos consagrou como TRICAMPEÕES e já ficamos sem Renato e Gaitan. Mete medo o defeso que agora começa! Daí que eu por vezes deseje aquilo que muito bom Benfiquista abomina: que um mega hiper milionário tome conta do BENFICA, só para ver se dá para segurar este tipo de jogadores, e não ser a debandada previsível e habitual.
Hoje os jornaleiros amestrados falam em 25 milhões (ou como vem na capa do jornal oJogo, 50 milhões por Gaitan e Carrillo, que assim nem vestia o manto sagrado. Esta possibilidade é tão ridícula e deprimente que nem merece mais comentários...). Não sei se será verdade, mas sei isto:


Em dezembro passado o Gaitan renovou (para quê não sei, pois se era para ser despachado meia dúzia de meses depois...) e passou a sua clausula para 45 milhões. A venda de Renato aconteceu por 35 milhões, quando a cláusula dele era de 80 milhões. Isto levanta-me duas questões:
1) para quê a existência de cláusulas de rescisão quando as mesmas são ignoradas na altura de corrermos com os jogadores?
2) se um clube quisesse realmente segurar os jogadores não se mostraria inflexível em relação a essas mesmas cláusulas? A situação financeira é assim tão má? E não me venham com as tretas de que os jogadores querem outros campeonatos, querem outros ordenados, etc. Não há contratos assinados? Alguém apontou alguma arma aos jogadores na altura destes assinarem os contratos? Ou querem ver que qualquer dia os contratos valem o mesmo que as cláusulas de rescisão?!?
Muito, muito mau... uma pena que uma semana de sonho, com a "cereja no topo do bolo" como foi a conquista de ontem, e o sentimento que me invade (por causa da esperada debandada) é de tristeza...