Num ápice o país acordou para a necessidade de se lançar uma candidatura conjunta com Espanha para a Organização do Mundial 2018. Mas será que alguém deu atenção à Auditoria do Tribunal de Contas e ao Relatório da Inspecção-geral de Finanças ao Euro 2004?
Auditoria do Tribunal de Contas
O Tribunal de Contas na sua Auditoria calcula os seguintes benefícios estatais e municipais directos e indirectos ao Futebol Clube do Porto:
Segundo o Tribunal de Contas, o Estádio do Dragão recebeu 137,6 Milhões de euros de apoios directos e 88,4 Milhões de euros de apoios indirectos, o que prefaz um total de 226 Milhões de euros!!
Acontece que, segundo a Análise da Inspecção-Geral de Finanças, os 88,4 Milhões de euros de apoios indirectos estavam sub-avaliados.
Inspecção-Geral de Finanças
Finanças dizem que Câmara favoreceu FCP em 55 milhões (JN 2004-10-09)
“A execução do Plano de Pormenor das Antas terá causado um "rombo" equivalente a cerca de 87 milhões de euros no património da Câmara Municipal do Porto. É uma das conclusões que se pode retirar da leitura do relatório final da Inspecção-Geral de Finanças (IGF), em que se destacam os 55 milhões de euros atribuídos pela autarquia, de forma "ilegal", ao Futebol Clube do Porto (FCP). O inspector-geral remeteu o relatório para o Ministério Público, justificando a decisão com os "indícios de favorecimento" ao clube. Segundo o actual presidente, Rui Rio, o processo já originou uma investigação. (…)
Como se pode ler nas páginas do relatório, a que o JN teve acesso, a cedência de parcelas e da respectiva capacidade de construção ao clube foi avaliada, na altura, pela Câmara liderada por Nuno Cardoso, em 27 milhões de euros (tendo em conta um valor de venda de 300 euros por m2). Os auditores acrescentam, no entanto, que os lotes em questão estavam destinados à construção de um centro comercial e um hotel, o que significa que teriam de ser avaliados em 750 euros por m2. Contas feitas, aos 27 milhões que a autarquia admitia estar a dar ao FCP haverá que somar 28,5 milhões de euros. Ou seja, a "prenda" da Câmara vale 55,5 milhões.” In Jornal de Notícias
Somando os 226 Milhões de euros de apoios directos e indirectos concedidos pelo Estado Central e pela Câmara Municipal do Porto, referidos na Auditoria do Tribunal de Contas, aos 28,5 Milhões de euros de apoios ocultados e ilegais averiguados pelo Relatório da Inspecção Geral de Finanças, que não estavam considerados nos Relatórios oficiais, chegamos ao valor de 254,5 Milhões de euros!!!
Metro do Porto
Por outro lado, o custo inicial do Estádio do Dragão apontava para valores a rondar os 123,3 Milhões de euros, mas no final a obra acabou por custar 98 Milhões de euros ao Futebol Clube do Porto. Para esta diferença entre o valor orçamentado e o valor concluído (descida única no mundo das obras de construção portuguesas) existe quem assegure que tal se deveu ao facto de a Metro do Porto (Empresa de capitais públicos) ter assumido o pagamento das fundações do Estádio do Dragão pelo facto de ter construído nessa altura o Terminal do Dragão, ou seja, neste caso estamos a falar em cerca de 25 Milhões de euros de apoios indirectos, já que a Metro do Porto podia ter feito uma Estação normal na Zona, e além disso trata-se de investimento em Acessibilidades ao Estádio do Dragão.
Somando todos os valores chegamos a um custo astronómico, que os bolsos dos contribuintes tiveram de assumir por causa do Estádio do Dragão:
Apoios Directos por parte do Estado: 137,6 Milhões de euros
Apoios Indirectos por parte da C. M. Porto: 88,4 Milhões de euros
Apoios Ocultados por parte da C. M. Porto: 28,5 Milhões de euros
Apoios por parte da Metro do Porto: 25 Milhões de euros
Total (a preços de 2004): 279,5 Milhões de euros
Total (a preços correntes): 310 Milhões de euros!!!!
Acreditamos que nem vale a pena falar no Centro de Estágio “oferecido” pela Câmara Municipal de Gaia ao Futebol Clube do Porto, já que se tratam de “peanuts” em relação aos valores envolvidos no Estádio do Dragão.
Mas importa deixar a seguinte pergunta: Será que em 2018 os Portugueses terão de pagar mais 310 Milhões de euros para que o Futebol Clube do Porto consiga ser competitivo face aos outros clubes nacionais?
Auditoria do Tribunal de Contas
O Tribunal de Contas na sua Auditoria calcula os seguintes benefícios estatais e municipais directos e indirectos ao Futebol Clube do Porto:
Segundo o Tribunal de Contas, o Estádio do Dragão recebeu 137,6 Milhões de euros de apoios directos e 88,4 Milhões de euros de apoios indirectos, o que prefaz um total de 226 Milhões de euros!!
Acontece que, segundo a Análise da Inspecção-Geral de Finanças, os 88,4 Milhões de euros de apoios indirectos estavam sub-avaliados.
Inspecção-Geral de Finanças
Finanças dizem que Câmara favoreceu FCP em 55 milhões (JN 2004-10-09)
“A execução do Plano de Pormenor das Antas terá causado um "rombo" equivalente a cerca de 87 milhões de euros no património da Câmara Municipal do Porto. É uma das conclusões que se pode retirar da leitura do relatório final da Inspecção-Geral de Finanças (IGF), em que se destacam os 55 milhões de euros atribuídos pela autarquia, de forma "ilegal", ao Futebol Clube do Porto (FCP). O inspector-geral remeteu o relatório para o Ministério Público, justificando a decisão com os "indícios de favorecimento" ao clube. Segundo o actual presidente, Rui Rio, o processo já originou uma investigação. (…)
Como se pode ler nas páginas do relatório, a que o JN teve acesso, a cedência de parcelas e da respectiva capacidade de construção ao clube foi avaliada, na altura, pela Câmara liderada por Nuno Cardoso, em 27 milhões de euros (tendo em conta um valor de venda de 300 euros por m2). Os auditores acrescentam, no entanto, que os lotes em questão estavam destinados à construção de um centro comercial e um hotel, o que significa que teriam de ser avaliados em 750 euros por m2. Contas feitas, aos 27 milhões que a autarquia admitia estar a dar ao FCP haverá que somar 28,5 milhões de euros. Ou seja, a "prenda" da Câmara vale 55,5 milhões.” In Jornal de Notícias
Somando os 226 Milhões de euros de apoios directos e indirectos concedidos pelo Estado Central e pela Câmara Municipal do Porto, referidos na Auditoria do Tribunal de Contas, aos 28,5 Milhões de euros de apoios ocultados e ilegais averiguados pelo Relatório da Inspecção Geral de Finanças, que não estavam considerados nos Relatórios oficiais, chegamos ao valor de 254,5 Milhões de euros!!!
Metro do Porto
Por outro lado, o custo inicial do Estádio do Dragão apontava para valores a rondar os 123,3 Milhões de euros, mas no final a obra acabou por custar 98 Milhões de euros ao Futebol Clube do Porto. Para esta diferença entre o valor orçamentado e o valor concluído (descida única no mundo das obras de construção portuguesas) existe quem assegure que tal se deveu ao facto de a Metro do Porto (Empresa de capitais públicos) ter assumido o pagamento das fundações do Estádio do Dragão pelo facto de ter construído nessa altura o Terminal do Dragão, ou seja, neste caso estamos a falar em cerca de 25 Milhões de euros de apoios indirectos, já que a Metro do Porto podia ter feito uma Estação normal na Zona, e além disso trata-se de investimento em Acessibilidades ao Estádio do Dragão.
Somando todos os valores chegamos a um custo astronómico, que os bolsos dos contribuintes tiveram de assumir por causa do Estádio do Dragão:
Apoios Directos por parte do Estado: 137,6 Milhões de euros
Apoios Indirectos por parte da C. M. Porto: 88,4 Milhões de euros
Apoios Ocultados por parte da C. M. Porto: 28,5 Milhões de euros
Apoios por parte da Metro do Porto: 25 Milhões de euros
Total (a preços de 2004): 279,5 Milhões de euros
Total (a preços correntes): 310 Milhões de euros!!!!
Acreditamos que nem vale a pena falar no Centro de Estágio “oferecido” pela Câmara Municipal de Gaia ao Futebol Clube do Porto, já que se tratam de “peanuts” em relação aos valores envolvidos no Estádio do Dragão.
Mas importa deixar a seguinte pergunta: Será que em 2018 os Portugueses terão de pagar mais 310 Milhões de euros para que o Futebol Clube do Porto consiga ser competitivo face aos outros clubes nacionais?