segunda-feira, fevereiro 26

Pelos bufos morre o Bufas

Salve Benfiquistas, em guarda alimárias!

Nestes dias em que o esterco ressuma satisfação por todos os poros, em que certas criaturas voltam a sonhar com faixas encomendadas e pagas a crucifixos de “oiro” e géneros alimentícios (ou simples ameaças de porrada, entre outros), convém relembrar a grande pedra no sapato fpcista – que digo, o enormíssimo pedregulho – que é a Justiça com jota grande (a tal que tarda mas não falta).

Lourenço Porco tinha razão ao lamentar que Bexiga tivesse ficado a falar. Conhecedor do velho ditado “pela boca morre o peixe”, não foi arguto o bastante para adivinhar o novo “Pela puta morre o Pinto” que lhe está a tramar o patrãozinho (mai’las escutas telefónicas), e com ele a instituição que chefia desde os anos 80.

Das pontinhas afiadas da tal pedra no sapato, destaque-se:

FC Roubo – U.Leiria (final da Taça) 15/06/2003

Pinto da Costa e Pinto de Sousa são escutados a discutir o árbitro para a final. O presidente da comissão de Arbitragem sugere Pedro Henriques, Isidoro Rodrigues ou António Costa, “qualquer um à sua escolha”.

FC Roubo – U.Leiria (Supertaça) 10/08/2003

O presidente do FPC pede a Pinto de Sousa que nomeie Pedro Proença. O árbitro dirigiu mesmo o jogo e em tribunal Pinto da Costa diz que nem gostava dele.

Caso Maniche Outubro 2003

O Benfica alega que o FPC contratou o jogador antes do prazo permitido por lei. Pinto da Costa e Valentim Loureiro almoçam juntos e durante a refeição este telefona a um juiz-desembargador, que lhe garante estar a situação resolvida.

FC Roubo – Maia 17/12/03

Pinto de Sousa comunica a Pinto da Costa o nome de Nuno Almeida para dirigir o jogo. “Bom árbitro”, comenta o líder dos ladrões, que reage bem ao nome de um dos auxiliares, Paulo Januário. “Está bem. Ajuda”. Em tribunal explicou que queria dizer que ajudava o árbitro.

FC Roubo – E.Amadora 21/1/2004

Um telefonema entre Pinto da Costa e António Araújo é interceptado pela PJ. O empresário pergunta por “fruta para dormir” e o presidente diz que “já foi mandada”.


Há a lamentar contudo o fraco âmbito temporal desta investigação. Esperemos que à medida que as bocas dos bufos (“peixes” e “putas”) forem debitando mais informação, se consiga compilar uma parte significativa dos subterfúgios e esquemas usados – no fundo a tal ética, salvo seja, de trabalho que sempre distinguiu a merdoseia.

A enciclopédia resultante, se não der origem a mais apitos, vai certamente servir para a instrução das gerações futuras... em Portugal e na Europa.

Cumprimentos Respeitosos do Marquês