quarta-feira, janeiro 13

A AGONIA DO MORIBUNDO

CADA VITÓRIA DO BENFICA É UMA ESPINHA CRAVADA NA GARGANTA DE GIORGIO DI BUFA
- adaptação de uma célebre frase de tempos conturbados da nossa democracia.

O Benfica ganha e continua a ganhar. E bem. As vitórias e o gigantesco movimento de apoio gerado à volta do Clube e da sua equipa de futebol, pelos sócios, adeptos e simpatizantes, começa a emperrar e de que maneira a supermáquina corrupta de “Palermo”, rasgando a pérfida teia urdida há mais de trinta anos por Giorgio e seus capangas.

O tormento de Giorgio vem-se arrastando. Desde a última conquista da final da Taça de Portugal, no Jamor, pelo Benfica, ao derrotar o grémio condenado por corrupção, que as oscilações na “organização” começaram a fazer-se sentir. De uma forma ténue, é certo, mas cada vez com maior frequência.

Após a consolidação do que foi àrduamente construído, alicerçado em fortes estruturas, o Glorioso, através da sua direcção e com o apoio de milhares de indefectíveis, avançou para os resultados desportivos. E em boa verdade já não era sem tempo. Depois de alguns ajustes que nos custaram mais algum jejum, surge agora uma dinâmica fortíssima que colocou em pânico toda a corja corrupta.

O condenado, mentalmente moribundo, não compreendendo a realidade actual, agarra-se aos fantasmas do passado, agitando-os e agitando as já velhas e gastas estratégias provincianas.
Também clama por inocência, esquecendo-se de um pormenor que o desmascarou definitivamente, perante a opinião pública nacional e internacional, neste caso sem necessidade de apelo às habituais e comprometidas instâncias – as escutas telefónicas.
Fala na justiça, como se todo o mundo não soubesse como ela é no gueto de “Palermo”. A justiça e os correspondentes juízes.

Assim, o Benfica ganha e Giorgio definha.
Está a ir-se. As fugas de gás são constantes. Com bufas ou sem elas.
Já aqui o disse e repito-o – o Benfica esmagá-lo-á, pisando-o com firmeza, como se pisa e se esmaga uma reles barata. Sem perdão.
Não haverá nem nunca poderá haver clemência para uma rês deste calibre que elegeu há muito, o Benfica como o seu ódio de morte. Esse ódio acabará com ele, não tardará.
Desvairado, apela ao divino, apela ao governo, apela ao além, apela a tudo o que mexe. Desesperadamente.
Rega tudo o que pode com gasolina. Assistindo às vitórias do Benfica, recorre aos seus dotes de incendiário visando atiçar a fogueira do ódio. Qualquer dia engana-se e ainda deita fogo à Pocilga. Já quase ninguém o ouve. Já nem a maioria daquela cambada de ignaros morcões e andrades ceguetas crê naquele que se auto-descredibilizou. O Benfica, que aprendeu com os seus próprios erros, não lhe passa cartão. Não precisa nem precisará. Deverá sim, estar sempre atento. Tem mas é que lhe ganhar, ganhando ao seu grémio, aos seus satélites, a todos. De preferência sempre e em toda a linha. E Giorgio esgadanha-se, e bufa-se, e coça-se, e remorde-se. E vai-se intoxicando com aquele seu fedor metanoso e contumiliano. Enfim, vai-se desfazendo e atolando no próprio chafurdo que construiu durante décadas.
Giorgio está a ir-se. Giorgio está decrépito.

Desde que as revelações apareceram contadas num “best-seller” à portuguesa, outras publicações se seguiram, dando forma àquilo que há muito já se sabia. Segundo elas, Giorgio só funciona à base da trapaça, da corrupção, da chantagem, da coacção, da ameaça, do ilícito.
Um ex-sócio ainda veio acrescentar mais novidades a tudo aquilo que o desmascarou. Dizia este, e passo a citar, “ele até é capaz de vender a própria mãe”. Disse-o com todas as letras e faz parte de arquivos televisivos. Depois, e por uma vez, Giorgio assumiu mediàticamente uma condenação. Não recorreu, consciente daquilo que foi feito.
Por fim, as escutas foram a gota de água que fez transbordar tudo.
Sem apelo nem agravo. Já está.

Giorgio agoniza. Agora, quase todos os dias, naqueles eventos parolos feitos de propósito e à sua medida, para lhe dar visibilidade, tentar branquear as suas indeléveis nódoas e fomentar o culto da sua personalidade, sente-se o ruído dos seus estertores. Em atitudes patéticas e com o seu discurso cada vez mais senil, patego e ultrapassado, atingiu o limiar da indecência e da demência.
Atacado crònicamente por uma anti-Benfiquite acanalhada, bem à moda submundana de “Palermo”, foi agora acometido de mais uma crise aguda.
Bolsou insinuações, especulou, esperneou, soluçou, lacrimejou e pediu apitos. Apitos? Sim, se calhar, no seu infecto caminho da perdição, quer à última da hora abafar as suas ronhentas bufas corruptas por silvos branqueadores. Era o que faltava!
Mas ainda teve tempo para contar a anedota do costume. Diz que foi “ilibado”. Ilibado de quê e por quem?
Todo o mundo se riu. Dele, da justiça e dos juízes.
Está irreversìvelmente condenado. Discursos balofos, pífios, sem nexo, acompanham a sua inexorável decadência.

Mas daí até ir jogar novamente umas partidas de “sueca” com os amiguinhos da mercearia, vai um tempinho. O tempinho para assistir à Gloriosa ascensão do Colosso que o vai matando, devagarinho, aos poucos.
E depois, os próprios dragões, famintos, comê-lo-ão até ao tutano.
Sem espinhas!
Cá se fazem, cá se pagam.

GRÃO VASCO