sexta-feira, maio 29

NOTAS SOLTAS

Soares Franco, o escorraçado


Soares Franco disse há uns meses atrás que não se recandidataria à presidência do Sporting. Todavia, continuou a proceder a definir os destinos do grupo como se continuasse por muitos anos, apesar do clima pré-eleitoral efervescente que, entretanto, se desenrolou.

Soares Franco foi sempre procedendo como se nada tivesse afirmado acerca da sua continuidade, propondo, referendando e querendo levar à discussão magna dos sócios a concretização dos seus projectos. E não se tratava de projectos quaisquer, mas de projectos profundamente estruturantes.

Por isso, foi-se infiltrando, não apenas nos sportinguistas mas nos desportistas em geral, a ideia do tabu. Ninguém avança com reformas tão profundas após anunciar o abandono, cerceando substancialmente um programa privativo e inequivocamente autónomo do seu sucessor.

Pelo desenvolvimento futuro, Soares Franco queria uma vaga de fundo a apoiá-lo e a demovê-lo. Contava, para isso, com os que ele julgava indefectíveis, tais como Bettencourt e alguns outros. Só quando verificou que estava só é que terminou de vez com a sua cruzada e desfez todos os equívocos que provocou.

Mal virou costas à luta, aqueles que lhe tiraram o tapete, anunciando não se candidatar, regressam à arena, assumem a batuta da candidatura e dão o dito pelo não dito. Isto é, eles não se candidatavam com Soares Franco candidato, apesar de terem feito o percurso do mandato anterior ao lado dele. Ninguém queria acompanhar Franco e este viu-se isolado e, na actual palavra do novel candidato era uma divisionista. De facto, se Bettencourt apregoa que quer unir o Sporting, é porque ele estava desunido. E procedeu em coerência, chamou a si o peão esmurrado, querendo acabar de vez com o boxe lá no seu clube.

Saber até que ponto pesaram os actos de pau mandado do papa do norte e as palavras deste relativamente à coerência dos ditos de Franco após o almoço, para o escorraçarem, será certamente um mistério dificilmente desvendável.


Os passivos da treta dos jornais e televisões


Em grande parangonas, noticiavam há pouco tempo atrás, jornais e televisões, os passivos dos chamados três grandes – na verdade, actualmente só dois e um deles é grande apenas na corrupção desportiva – anunciando aos setes ventos que o Benfica era o que tinha maior passivo.

Por ser, de muito longe, o maior clube português, isso nem era de admirar. Porém, os, imaginemos, jornalistas que escrevinharam as notícias – e alguns, digamos, comentadores e opinadores – são tendenciosos e incompetentes, misturam contas consolidadas de todo o grupo – o Grupo Benfica – com apenas as contas das SAD.s e dos clubes – SCP e FCP – nelas colocando os números que lhes interessam e retirando os que não ficam bem na fotografia.

Por exemplo, alguém se preocupou em saber qual o passivo da sociedade Euroantas que detém o Estádio do Dragão? Alguém já ouviu falar que ele tenha sido pago? Só se foi pela Câmara do Porto, no tempo do Nuno Cardoso.

Por isso, quer Soares Franco, quer Paulo Ferreira Cristóvão, quer agora o candidato dos candidatos, Eduardo Bettencourt, afirmam que o passivo consolidado do Sporting ultrapassa os 360 milhões de euro, não os cerca de 220 milhões que os incompetentes e tendenciosos jornalistas afirmaram.

Se o FCP apresentasse o passivo consolidado de todo o grupo, não andaria muito longe.

Só o Benfica apresenta contas consolidadas, isto é, de todo o seu grupo, de todas as suas sociedades. Porto e Sporting apresentam as contas da SAD, porque são obrigados pela CMVM, e as contas do clube. E penteiam-nas com os números que mais lhes agradam.


As marcas dos “grandes” e as tretas dos pasquins da controlinveste


Apesar de todas as dedicatórias louvaminhas e hilariantes dos jornais DN e, em especial JN, que pretendem enaltecer a marca FC Porto – ficava-lhes bem enaltecê-la como a marca da corrupção futebolística em Portugal porque, pelo menos, conseguiam noticiar uma verdade – é a marca Benfica que vai ser distinguida, pelo terceiro ano consecutiva, como marca de excelência.

De acordo com os promotores – projecto Superbrands, presente em 88 países – o Benfica é uma das 30 marcas que mais se distinguiram no mercado nacional.

O projecto Superbrands premeia, nestes 88 países, as marcas que mais se distinguiram no domínio do mercado, na longevidade, no "goodwill" (valor da parte intangível), na fidelização e na aceitação.

O resto é conversa da treta para enganar parolo e provinciano pacóvio, tal o papa, o condenado seu patrono.


Bento, o guerrilheiro dos gestos pudibundos(?!)


Bettencourt, candidato afirmado e compassivo, agregou a si o advogado Ferreira e despachou o advogado Alves, destronando-o do seu púlpito de tontices presunçosas. Foi a recompensa pelos murros e uma vingança contra aquela descendência de gente fina que, sem deixar seus créditos por mãos alheias, queria resolver o assunto à estalada. Os mosqueteiros do arrianço não queriam o advogado Ferreira a mandar no Sporting. O candidato dos candidatos bateu o pé e arregimentou-o. Boxe, por agora, fica em stand by entre gente fina.

Outro arregimentado foi Paulo Bento. Justificou-se Bettencourt com o facto de ele ser um guerrilheiro e, no fim de contas, também tretacampeão, uma vez que conseguiu ganhar o campeonato dele, o único campeonato que lhes interessa, de que são capazes e a que têm aspirações, tal como aquele candidato dos candidatos o referiu.

Bento é de facto, um guerrilheiro. Um guerrilheiro das palavras e dos gestos, mais dos gestos. Com gestos, consegue tão clara e cristalinamente dizer ao árbitro qual a profissão da mãe (do árbitro), a génese do filho (o árbitro) e mandá-lo (ao árbitro) para os lugares da sua (do árbitro) afeição, que ele (o árbitro), compreendendo na perfeição toda a linguagem gestual e labial, nem precisa de a escarrapachar no seu papelucho a que pomposamente chama de relatório. Bento, o guerrilheiro, soube explicar-se claramente e poupou-lhe (ao árbitro) o esforço hercúleo de fazer uns rabiscos e juntar umas letras.

Se Bento, o guerrilheiro, tivesse educadamente e cara a cara dito ao árbitro para não fazer asneiras e que tivesse vergonha das asneiras que – no caso do Sporting, até não – fazia, então era certo e seguro de que o árbitro não compreenderia patavina e lá tinha que gatafunhar o papel a que pomposamente iria chamar de “seu relatório”.


Os “doutores” das louvaminhas do post mortem


Disputava-se o campeonato da treta e as traulitadas maldizentes e endoidadas dos, suponhamos, jornalistas, comentaristas e opinadores, sobre o desgraçado do Quique Flores não tinham conta, nem feitio, nem descanso.

Terminada a treta com o resultado das suas conveniências, pouco importando que eivadas de corrupção e de ajudas arbitrais descaradas como nunca se vira e a que nunca se assistira, vêm os conhecidos do costume, aqueles que antes se dedicaram àquela confiada missão pela corruptice costumeira, fazer de contas que são prazenteiros.

Naturalmente, porque nem sabem nem foram encomendados para fazer outra coisa, pisam e repisam na saída daquele que antes maltrataram. Eles querem que ele saia, inventam os cenários, fazem a festa, tocam os tambores e dançam a música que eles próprios encomendaram. Não adianta que digam o contrário! Não adianta que os desmintam os factos! Não adianta comunicados atrás de comunicados a chamar-lhes aldrabões de todo o tamanho! Não adianta que todos os envolvidos neguem! Não adianta ameaças de processos judiciais!

Eles são burros demais para entenderem duas letras seguidas. Querem que seja assim, assim será para os seus cérebros doentios e comandados à distância.

O mais enternecedor, todavia, sãos os elogios, as montanhas de loas, as árias desafinadas que seus cérebros obtusos deliram, as louvaminhas que agora e só agora lhe tecem. Para eles, o rei está morto, há que cumulá-lo de honrarias, de méritos, de louvores, de flores de veneno das suas árias de rasquice.

Gente pequenina, provinciana e pacóvia, coveira da sua credibilidade nada-morta e do seu código deontológico vegetativo, que nem tem noção do ridículo que suas tristes, hipócritas e mesquinhas figuras evolam, deixando à sua volta um círculo bafiento de putrefacção.


O Record de mentiras e o correio da pelintrice


Dizem que são da mesma família! Dizem até que são irmãos! Na mentira e na pelintrice, ninguém põe em dúvida, São gémeos ou geminados na aldrabice, nas tontices, nas bacoradas e nas trombadas quotidianas dum código deontológico de que nunca terão ouvido falar.

Moura Guedes, senhora de boca grande e julgamentos “a la minute”, parenta afastada, na sanguinidade, não na bacorada, levou uma lição, do Bastonário e da Entidade Reguladora. Esta gentinha trapaceira, mergulhada no excremento da sua insignificância, continua livremente a nausear os ouvidos e os olhos de gente sã.

Foram os únicos sem vergonha, coisa que mostram bem desconhecer, que não publicaram o desmentido do Benfica acerca das suas atoardas fedorentas. Nenhum deles escreveu uma palavra sobre o processo judicial que o record de mentiras vai gramar. Nem depois de desmentidos pelos seus pares, se é que estes assim os consideram. Não é que todos eles se distingam pelas virtudes. Mas, porque são todos a mesma porcaria, alguns até, por vezes, deliram julgando-se diferentes. É apenas para se tornarem notados.

Também, ninguém esperava outra coisa, a não ser os trambiqueiros da mesma laia! Ninguém esperava que tal pelintragem fosse diferente. São reais, ao menos não aparentam ser o que não são.