quinta-feira, maio 25

O MAESTRO ESTÁ DE REGRESSO


Há na nossa vida muito poucas pessoas que adoptamos como seres exemplares e guias da nossa maneira de ser e de agir.
No futebol não é diferente. Desde muito jovens aprendemos a adorar um determinado jogador, repetimos-lhe os gestos, imitamos-lhe o penteado, os movimentos e até as jogadas no pátio da escola ou no descampado junto à nossa casa.
O momento supremo é ostentar a camisola com o nome do nosso ídolo nas costas como o bem mais precioso que nos orgulhamos de mostrar a toda a gente, uma forma de gritar o amor que sentimos por uma personagem que ultrapassa aquilo que consideramos ser normal. E essa admiração acompanha-nos para toda a vida, irremediavelmente.
No meu Benfica poucos jogadores há, no activo, com a mística tão própria, tão enorme e tão única neste GRANDE CLUBE. Sentimo-lo com Nuno Gomes quando regressou, mas faltava O exemplar máximo do verdadeiro e profundo BENFIQUISTA. Há 12 anos que esperávamos pelo nosso filho pródigo, há 12 anos que Rui Costa esperava voltar à sua paixão de sempre, O clube que o fez, O clube que o formou, O clube pelo qual sentimos aquilo que não se pode explicar.
Enganem-se os que não sendo Benfiquistas (porque nós Benfiquistas sabemos o que sentimos) julgam que nós nos convencemos que o Rui Costa é o salvador da Pátria, que o Rui Costa nos vai guindar às vitórias, às glórias. Não é isso nem nunca foi. A força principal que utilizámos durante tanto tempo para trazer de volta o nosso Rui Costa foi o desejo de ver regressar a casa um dos nossos, porque aqui é o seu lugar, junto aos que como ele amam de paixão O BENFICA.

Manuel Rui, estás de novo no seio da tua gente. Imaginamos um pouquinho o arrepio na espinha que vais sentir quando entrares na Catedral no primeiro jogo da Época, o nó na garganta igual ao que senti quando te vi envergar a camisola do GLORIOSO no momento da tua apresentação.

Escreve aí: eu vou ser um dos 65.000 que vai estar no estádio no momento que tocares pela primeira vez a bola. Mesmo que não marques nenhum golo, nunca ouvirás um assobio daqueles que reconhecem o teu valor e o teu fundo. Serás sempre o nosso eterno e único Nº 10 e figurarás para sempre na galeria dos GRANDES BENFIQUISTAS.

Sê bem vindo Maestro, a orquestra já (des)espera(va) por ti!!

PS - como complemento deixo-vos aqui uma verdadeira ode ao nosso Rui Costa, escrito por outro Rui, o Dias na edição de hoje do Record. Podem ler aqui.