quarta-feira, abril 27

Lourenço, o imortal

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Leia-se o desplante do cavalheiro para justificar o facto da Associação dele (que tem manietado o futebol cá do burgo à vontade do dono) não subscrever o acordo de princípios para a aprovação do novo RJ
Note-se a lata do encardido: queremos "a revivescência da lei velha revogada"..


"É fácil resolver o problema. Aplicam-se os artigos correspondentes dos estatutos velhos.
Diz o Direito que quando não se sabe se a lei nova revogou a lei velha procura-se conciliar a lei nova com a lei velha", escreveu, sublinhando que "a isto se chama ultra-atividade da lei velha revogada ou revivescência da lei velha revogada".

Lourenço afirma que, conforme o proposto para a reunião magna de 30 de Abril, um pedido de avaliação do Regime Jurídico das Federações Desportivas (RJFD), após a adequação dos estatutos da FPF ao mesmo, não é uma boa estratégia quando se pretende "salvaguardar a dignidade e a liberdade de associação dentro do movimento desportivo".

Das várias razões explicadas na carta, destaca-se a própria estratégia até aqui seguida pelas associações contestatárias: "Começámos por rejeitar os novos estatutos na generalidade por várias vezes; em face da coação de que fomos vítimas, aprovámos os novos estatutos na generalidade, mas rejeitámos alguns artigos na especialidade, precisamente aqueles artigos mais agressivos para a nossa liberdade de associação".

Para Lourenço, "a ideia de negociar com o próximo Governo uma revisão do RJFD é uma tese verdadeiramente peregrina".

"Não passa pela cabeça de nenhum homem sensato que, uma vez aprovados os artigos odiosos, se volte atrás. Se cedermos nesta altura, perdemos definitivamente o comboio", diz o presidente da AFP, concluindo que, "com o País neste lamaçal, não há Governo que se queira meter a fazer um novo RJFD ou a rever este".

Sobre as críticas a propósito do não cumprimento da lei, o cavalheiro contrapõe: "Mas haverá alguma lei da República Portuguesa que esteja acima da lei fundamental dos portugueses? Será a Constituição da República Portuguesa uma folha de papel impresso?".

A Associação de Futebol da Traulitânia insiste em não cumprir a Lei e eles ainda se vitimizam..
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