Ao ler A Bola na praia de Santa Eulália (lembrando a frase “há uma vida muito melhor que a minha, mas é caríssima”) apanhei uma citação do famigerado José Pratas sobre um célebre Benfica - Porto em que o pobre fantoche do sistema de arbitragem que nos regeu, nessa altura ainda às claras (hoje mais oculto), que dizia mais ou menos isto: “Devia ter acabado esse jogo por insubordinação. Toda a vida paguei por essa falha.”
“Toda a vida pagaste” por isso, José Pratas. Mas quem ganhou foi o FCP, que no meio de tamanha ignomínia nem um cartão vermelho levou.
Toda a vida hei-de pagar eu, que juntei mais essa tua “falha” ao rol de “lapsos” do apito que me roubaram a infância futebolística!
Sim, por causa de desgraçados, corruptos, medrosos e seres menores como tu, a minha infância futebolística, e a dos mancebos da minha geração, foi prostrada com inexplicáveis amarguras!
Não fora ter bons pais, boa família, bons amigos e aproveitamento escolar e outras coisas que não fazem um puto saltar do sofá de alegria, mas lhe proporcionam a felicidade que nos educa a ser benfiquista, e serias tu, José Pratas, juntamente com os Isidoros Rodrigues, Irmãos Ca(nga)lheiros, Donatos Ramos, Augustos Duartes e outros, a lança no peito duma geração!
A vergonha não mata mas mói. Se te veio agora a vergonha ou um dia souberes o que isso é, tens uma geração inteira a fazer de mó. A tua farinha já tem saco destinado: o da ignomínia!!!
Ah estupor!