Das escutas aos sms

E pronto, é isto.

Sim, o futebol em Portugal é muito isto.

Aqui há uns anos tivemos a confirmação que todas as suspeitas sobre um certo clube ser corrupto eram verdadeiras. Foram tornadas públicas escutas onde se provaram que o presidente do futebol corrupto do porto fornecia "fruta de dormir" a árbitros, que manipulava castigos e que dava instruções para que os árbitros lá fossem a casa nas vésperas de estes apitarem o fcp.

O que se passou? Pouco ou nada... como o tráfico de influências chegava (chega?) a tribunais e comunicação social foi como se nada se tivesse passado. Nunca sequer confrontaram (os jornalistas deste país) o vôvô da Fernanda com estes telefonemas. Só ficou  a ideia que o Youtube fez mais pela justiça desportiva em Portugal do que todos os tribunais e do que toda a opinião pública juntos. 

Mas agora mudam-se os tempos... ao que parece o que está na moda é mandar sms aos ex-jogadores! 

Reparem que mais uma vez isto é noticia mas num jornal não-desportivo. Sim, porque para quem é dono de um jornal desportivo isto de mandar mensagens a ex-jogadores para os pressionarem e desconcentrarem é absolutamente banal e não tem a mínima influência! Já tinha sido assim com as escutas...

Não sei quem fez as perguntas na conferência de imprensa de hoje, mas o mais certo é não terem sido jornalistas desportivos. A verdade é que o Jesus já sabe (até porque mudou de cores) que isto, estando onde está agora, é para branquear, e então foi dizendo (ver vídeo aqui):

"o técnico recusou grandes comentários sobre a polémica das mensagens que trocou com jogadores do Benfica antes da final da Supertaça: "Esse assunto diz respeito a um jogo que já passou." Por isso, considerou, não deve ser falado."

Claro... não deve nem vai ser falado.

A menos que daqui a umas jornadas apareça uma noticia do género: Rui Vitória manda mensagens aos jogadores do Guimarães antes do jogo dos vitorianos na Luz: "Se jogarem com o Moreno a trinco já perderam", ou ainda "Douglas Jesus, não te esqueças quem te trouxe para Portugal"...

Aposto que se isso acontecesse era um escândalo de proporções inimagináveis!