domingo, junho 12

Marisco Vs fruta de dormir

Artigo de opinião do João Paulo Guerra no jornal do ENORME que eu vi e gamei do Indefectível:

"A grande novidade da época futebolística que agora findou foi o marisco. A substituição da fruta, de consumo interno, pelo marisco, para consumo externo, provocou um alteração qualitativa na avaliação do Sistema. O Sistema deixou de ser apenas uma vergonha nacional, confirmando-se, com a história do marisco, como uma vergonha internacional. Até porque a nível nacional, com a máquina de propaganda que o sistema controla, não há vergonha nenhuma. De maneira que foi necessário que um jornal lá de fora levantasse a lebre - ou mais propriamente, a lagosta - para que se soubesse que o Futebol não se tem andado a jogar apenas no relvado: também se tem decidido à mesa entre crustáceos e moluscos. Durante a temporada do marisco houve também notícias frescas sobre a velha fruta. Mas o Sistema, acontecendo os maiores escândalos, não acontece nada.

A segunda maior novidade, da época, como diria sir Alex Fergunsson, foi que eles lá continuam a comprar títulos no supermercado. Em saldo. Porque nisto da compra de títulos, quantos mais se compram,mais fácil se torna continuar a comprar. Com dinheiro dos títulos, roubam-se e compram-se jogadores para alimentar uma equipa principal e uma dezena de equipas B, colaborantes.

Com todo este sistemático arranjinho, cada vitória do Benfica vale simbolicamente a dobrar: pela vitória sobre um adversário e por uma derrota do Sistema. É difícil? Claro. Vida fácil têm as mães dos batoteiros.

Nota solta: O título de Hóquei em Patins não se decidiu à 30ª jornada; decidiu-se à 22ª, quando o Candelária, dos Açores, vencia por 3-1, a 50 segundos do fim e em menos de um minuto a equipa passou a mera espectadora, assistindo à reviravolta: 3-4 para os do costume. Deve ter sido efeito dos cavacos e cracas, mariscos locais."


Absolutamente fantástico, por isso quis partilhar neste espaço destinado a denunciar toda a porcaria relacionada com os porkos azuis.
Claro que o povo de merda pode não gostar do que é aqui dito, mas infelizmente para eles não o podem negar...